O clima de amizade, boa música e muitas histórias marcou o encontro de Daniel com Zé Neto & Cristiano e o cantor Paraná no programa Viver Sertanejo, exibido no domingo, 15 de junho. O episódio foi repleto de momentos emocionantes, com direito a lembranças de tempos difíceis, desafios superados e, claro, muita cantoria. Entre uma prosa e outra, Daniel abriu espaço para que os convidados compartilhassem experiências pessoais que marcaram suas trajetórias dentro e fora dos palcos.
Durante a conversa, um dos pontos mais aguardados foi a atualização de Zé Neto sobre sua saúde mental. O cantor enfrentou um período delicado em meados de 2024, quando precisou se afastar da carreira artística por cerca de 90 dias devido a um quadro de depressão e síndrome do pânico. O afastamento preocupou fãs em todo o Brasil, mas na entrevista, Zé Neto transmitiu uma mensagem de superação e recuperação.
Ao ser questionado por Daniel sobre como estava se sentindo atualmente, Zé Neto foi direto e transparente em sua resposta: “Agora eu estou maravilhoso”, afirmou o cantor com um sorriso de alívio no rosto. Ele explicou que o problema de saúde foi resultado do excesso de trabalho e de uma rotina exaustiva que vinha acumulando ao longo dos anos.
Zé Neto fez questão de contextualizar sua história, relembrando as origens humildes que dividiu com Cristiano. “Financeiramente, para quem veio da onde viemos, comíamos fubá a semana inteira porque não tinha nada. A gente é muito privilegiado”, disse.
O sertanejo também desabafou sobre as críticas que muitas vezes recebe nas redes sociais, principalmente de pessoas que comparam sua vida de artista com a realidade de trabalhadores com carteira assinada. “As pessoas não entendem, falam: ‘Queria ver se você fosse um CLT.’ O cara tem as dificuldades dele e eu tenho as minhas também. Cada um sabe onde seu calo aperta. Cada botina a gente sabe onde dói”, analisou.
Cristiano aproveitou o gancho para reforçar a responsabilidade que a dupla carrega, lembrando que eles também geram empregos para várias famílias. “A gente tem um monte de CLT que a gente emprega, tem muita coisa”, destacou, mostrando o outro lado da vida artística que muitos não enxergam: a pressão de manter uma equipe inteira e as cobranças que vêm junto com o sucesso.
Paraná relembra a infância simples e reforça a importância da parceria nas duplas sertanejas
O programa também teve espaço para nostalgia. Paraná, com sua experiência de anos na música, fez questão de lembrar os tempos de dificuldades financeiras e criatividade para superar obstáculos. “Você deita no chão e coloca uma bacia em cima, fica uma beleza o timbre”, brincou ao falar das soluções improvisadas para melhorar a acústica na hora de cantar.
O cantor também compartilhou um pouco da infância e das habilidades que precisou desenvolver desde cedo. “Aprendi a costurar com 9 anos de idade, sabia costurar uma calça, por necessidade. Tinha quermesse e eu mesmo fazia uma roupa para mim”, contou, emocionando o público.
Cristiano, por sua vez, refletiu sobre a dinâmica de trabalhar em dupla. Para ele, a relação entre os dois artistas vai muito além de uma simples parceria profissional. “Tem uns amigos meus que cantam que eu falo: paciência. Principalmente em dupla, você casou. Acabou privacidade. Nos momentos da dor, quem vai pegar no colo? Vamos ser parceiros. Ainda mais no meu caso com ele, que não éramos irmãos de sangue”, comentou Cristiano, reforçando a importância de estar ao lado do parceiro não só nos palcos, mas também nos momentos mais difíceis da vida.
