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3 horas atrás - 18/12/2025

Vida de Asa Branca vira filme: locutor namorou famosas e torrou dinheiro após faturar R$ 1 milhão por mês ao revolucionar rodeios

REPRODUÇÃO INTERNET
REPRODUÇÃO INTERNET

"Seguuuuura, peão", o bordão imortalizado pelo locutor Asa Branca em rodeios é inconfundível. Foi resultado do carisma e da ousadia do paulista, de Turiúba, que inovou na forma de narrar o esporte com bois, então em ascensão, na década de 1990. Das arenas, foi levado para participar em novelas, fazer programas de TV, se envolveu com famosas, ganhou muito dinheiro, mas viu o patrimônio desmontar, após se envolver com drogas, álcool e fazer uma má gestão financeira. Parte dessa vida com altos e baixos virou filme, "Asa Branca, a voz da arena", que estreia nesta quinta-feira, dia 18.


O longa, dirigido por Guga Sander e protagonizado por Felipe Simas, faz uma história com mais ares de romance, a partir de episódios que o locutor realmente viveu. Estão lá a origem humilde e o grave acidente que Asa, quando era peão, sofreu. Ele caiu de um boi, quebrou quatro costelas, teve o pulmão perfurado. Recuperando-se em casa, para se sentir mais perto do universo da montaria, ficou ouvindo locuções antigas de rodeio. Decidiu, então, mudar para esta carreira.


Passou uma temporada nos Estados Unidos, como imigrante ilegal no Texas, e trouxe de lá um microfone sem fio. A tecnologia ainda inédita por aqui, permitiu que Asa entrasse na arena, junto com os peões, para fazer narrações. As rimas certeiras conquistaram as arquibancadas. E ele foi inovando a cada apresentação para atrair mais público. Cena presente no filme, e que também ocorreu na vida real, foi a chegada dele de helicóptero em meio a um dos rodeios, para começar a performance.


Saber como tudo era feito na gringa foi o que o ajudou a aplicar novos conceitos pelo Brasil. No auge, ele chegou a faturar R$ 1 milhão por mês. E a medida que o sucesso foi aumentando, o locutor passou a se envolver com várias mulheres, a vida virou sinônimo de farra, e ela entra no mundo da bebida e das drogas. Houve momentos em que ele perdeu apresentações, acumulou dívidas e até uma frase clássica, dita em entrevista pelo artista na vida real, é repetida no longa: "Não fui eu que esparramei o dinheiro, vou juntar para quê?".


O jeito mulherengo é reforçado no filme, mas não foca em quem foram as famosas com quem Asa se relacionou. Ele namorou a apresentadora Marília Gabriela e na biografia escrita pelo jornalista Raul Marques, em 2020, é dito que o locutor e a apresentadora chegaram a morar juntos em São Paulo, mas terminaram quando ela viu uma traição dele. Depois, ele se envolveu com a atriz Alexia Deschamps, e teve um breve romance com Núbia Oliiver. A ex-banheira do Gugu até deu entrevista ao "Fantástico" quando o locutor morreu.


O filme foca apenas no auge do ex-peão boiadeiro. Mas Asa chegou ao fim da vida sem os mesmos recursos financeiros. Meses antes do falecimento, ele pediu desculpas publicamente por maus tratos que causou em animais na época em que era peão. A fala gerou revolta e ameaças para a família, por ele se posicionar contra o esporte que o consagrou, além de trazer preconceitos para a nova geração.


Asa Branca foi diagnosticado com HIV em 2007 e teve um câncer na garganta dez anos depois. A doença teve metástase e ele morreu em fevereiro de 2020. O locutor deixou cinco filhos, cada um com uma mulher diferente. E foi acompanhado até o fim da vida por Sandra, o primeiro amor, que foi retratado no filme.

FONTE: Extra