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1 ano atrás - 31/05/2022

Câmara de Sinop aprova em primeira votação projeto para que atiradores, colecionadores e caçadores seja considerado atividade de risco

Foto: Assessoria
Foto: Assessoria

A sessão da Câmara de Sinop desta segunda-feira (30), durou mais de quatro horas com a discussão de vários projetos. Um deles demandou mais tempo porque dividiu a opinião dos vereadores. Tratava do reconhecimento dos colecionadores, atiradores e caçadores como atividades de risco, por conta disso as pessoas devidamente cadastradas nesses setores poderiam ter o porte da arma.


O projeto não mudava em nada as legislações federais e artigos semelhantes já foram sancionados em outros municípios de Mato Grosso. O projeto foi aprovado por 10 votos a favor e três contrários, mas teve dificuldades de ir à tramitação.


Primeiro um dos autores, Mário Sugizaki (Podemos), retirou projeto da pauta, sem justificar o motivo, em seguida foi para votação o requerimento para retirada, mas os vereadores derrubaram. Pouco antes de ir a discussão Moises do Jardim do Ouro (PL), pediu vista, mesmo com a pressão de outros parlamentares, não voltou atras da decisão, ele justificou que os parlamentares tiveram pouco tempo para analisar o projeto que está na Câmara desde o dia 20 de abril. “Não me parece justo votar um projeto sem antes ter uma discussão mais ampla”, disse.


Hedvaldo Costa (Republicanos), defendeu que o pedido de vista fosse retirado, porque haveria outros meios para analisar o projeto com mais calma. “Eu respeito o pedido, ele é regimental, mas o projeto é votado em três votações, nos podemos discutir ele hoje, na segunda votação ainda há possibilidade de pedir vista só na terceira que não há mais essa possibilidade”.


Mesmo assim o pedido de vista foi a votação e derrubado pelos parlamentares, que só a partir desse momento conseguiram discutir o projeto. Mario Sugizaki, Moises do Jardim do Ouro e Lucinei (MDB), foram os únicos vereadores contrários a tramitação em primeira votação. Professora Graciele (PT), que também poderia ir contra ao projeto seguindo a tendência do partido estava de atestado médico. 


Além de Mario, Paulinho Abreu (PL), Celio Garcia (União Brasil) e Elbio Volkiweis (Patriota), assinaram como autores. Ainda antes da aprovação da proposição, Mario que votou contrário ao seu próprio projeto disse que vai pedir a retirada de seu nome como autoria da matéria.


“Como cidadão, como pessoa e hoje como representante aqui eu sempre fui contra o porte de arma. Respeito a atividade dos atiradores, respeito todas as pessoas que utilizam, mas acredito que arma é para polícias”, explicou.


O projeto causou discussão até em uma emenda proposta por Hedvaldo, que definia o Dia 9 de Julho como data para homenagear os atiradores e colecionadores. Moises voltou a tribuna para criticar a decisão do colega parlamentar, defendendo que há datas mais importantes que essa na cidade.


Antes da aprovação do projeto a Polícia Militar teve que ser chamada após discussão entre duas pessoas que acompanhavam a sessão, uma a favor do projeto e outra contrária. A sessão foi paralisada por alguns minutos, ninguém foi expulso e seguiu sem maiores problemas. Na semana que vem o projeto volta a pauta para a segunda das três votações.


 

FONTE: Renan Schuster