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2 meses atrás - 15/07/2021

Blitz educativa contra a violência doméstica é realizada e aborda 300 carros durante conscientização

Lívia Kriukas
Lívia Kriukas

Em briga de marido e mulher, a gente salva a mulher”, esse é o tema da mobilização realizada hoje em Sinop, por meio de uma blitz educativa que teve a frente a Rede de Enfrentamento e Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.


O “Agosto Lilás” que enfatiza a luta contra a violência doméstica, nem chegou e o assunto está cada vez mais presente nos últimos dias em Sinop, infelizmente devido aos últimos acontecimentos de agressões e até morte onde esposas foram violentadas por seus parceiros.


A blitz educativa contra a violência doméstica contou com a presença de pelo menos 30 instituições entre empresas, entidades, órgãos públicos e judiciário. Além da população em geral que abraça a causa.


Durante a manhã de ontem, os guardas da Secretaria de Trânsito, realizaram a blitz, parando aproximadamente 300 carros que passavam pela avenida Dom Henrique, na frente do Cemitério Municipal. Todos os abordados na ação receberam um panfleto orientativo com explicações sobre os tipos de violência, que além da física, é importante reforçar que existe a psicológica, sexual, patrimonial e moral.


Em Sinop, até o atual momento, 286 medidas protetivas foram deferidas para vítimas de violência doméstica somente neste ano. Mas em todo o país, as estatísticas apontam que em tempos de pandemia, onde o isolamento foi necessário, os números de agressões aumentaram, como menciona a juíza da 2ª Vara Criminal com competência a Lei Maria da Penha, Débora Caldas.


Tivemos um aumento em relação ao número de casos notificados de violência contra a mulher e principalmente observamos uma intensidade nessa violência, ou seja, a violência se tornou mais intensa com atos mais graves, inclusive casos de feminicídio como observamos em nossa cidade na última semana”, comentou.


Para o delegado Dr. Sérgio Ribeiro o tema do movimento, retrata uma cultura antiga que não é mais válida para os dias de hoje.


“Uma sociedade que tratava a mulher como propriedade do marido. Todos são iguais perante a lei, seja homem, mulher, branco, negro, qual origem for. A nossa sociedade hoje, não tolera ninguém que seja tratado como objeto. Em briga de marido e mulher, se mete a colher sim, porque a violência doméstica, ela é um problema social de toda a nossa cidade. Nós homens precisamos começar a falar de violência doméstica, sobre os nossos comportamentos nos relacionamentos que temos, para rompermos esse ciclo da violência que até pouco tempo atrás era tido como natural”, explicou.


Sinop ainda não tem uma casa de acolhimento específico para mulheres, mas essas vítimas, recebem apoio especializado por meio do atendimento do CREAS. As vítimas de qualquer tipo de violência, podem entrar em contato pelo 1-9-0 de forma anonima e denunciar. 


Vale reforçar que neste sábado (17), uma outra manifestação também contra a violência doméstica será realizada, pela Amaplis, a partir das 16h, na Praça da Bíblia.

FONTE: Lívia Kriukas / Redação Meridional Notícias