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2 meses atrás - 23/11/2021

PIX: em um ano de funcionamento, população de baixa renda já é maioria entre usuários

FOTO: Divulgação
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O Pix, sistema de transferência bancária instantâneo, completou um ano em funcionamento. Dados do Banco Central (BC) mostram que, neste período, a ferramenta teve boa adesão na população de baixa renda.


Segundo o BC, essa faixa engloba pessoas com renda mensal de até R$ 1,5 mil: um total de 46,7 milhões brasileiros, dos 112 milhões que utilizam o serviço. Esse grupo é responsável por 33,5% dos recebimentos e 36,9% dos pagamentos feitos.


A classe média, com renda entre RS 1,5 mil e R$ 5,2 mil, vem logo em seguida, representando 33,4% dos usuários. A faixa de renda alta, com a população que recebe entre R$ 5,2 mil e R$ 21 mil totaliza 7,5% dos usuários. A parcela de renda muito alta, que ganha mais de R$ 21 mil, representa 0,8%.


Entre a população de baixa renda, o número de recebimentos de Pix aumentou 81% entre março e outubro deste ano. Os pagamentos tiveram um aumento de 131% no mesmo período.


Praticidade, segurança e isenção de tarifas são os motivos apontados pelo economista Fábio Bentes, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que justificam a popularidade do serviço de transferência entre esse público.


“O PIX tem como principal atrativo principal a falta de custo da transferência. Imagina para uma família de baixa renda, o impacto de serviços financeiros no orçamento costuma ser maior do que para as famílias de renda mais alta”, ressalta Bentes.


Para o economista, as transferências via Pix também favorecem o governo com a redução do uso de papel moeda, o que considera um caminho natural.


Isso é interessante, porque produzir, distribuir papel moeda é caro e, seguramente, o dinheiro de papel está com os dias contados. Já responde por uma parcela muito menor das transações financeiras do que era há 10, 20 anos atrás. É uma tendência não só no Brasil, mas no mundo todo”, conclui o economista.


O Pix já tem mais de 348 milhões de chaves cadastradas. A maior parte delas, 121 milhões, definidas no modelo aleatório, considerado o mais seguro por não envolver compartilhamento de dados pessoais.


Neste primeiro ano já foram realizadas mais de 1,6 bilhão de transações, que movimentaram já movimentaram quase R$ 4 trilhões entre novembro de 2020 e outubro de 2021.

FONTE: CNN