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3 meses atrás - 13/07/2020

Pandemia reduz renda de quase 70% dos produtores de hortaliças e frutas, diz pesquisa

Produção de hortaliças em Ribeirão Preto, interior de SP — Foto: Ronaldo Gomes/EPTV
Produção de hortaliças em Ribeirão Preto, interior de SP — Foto: Ronaldo Gomes/EPTV

Um pesquisa realizada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplica da USP (Cepea) afirma que 68% dos produtores de frutas e hortaliças consultados dizem que tiveram problemas de renda devido à pandemia do novo coronavírus.



Segundo o Cepea, a situação mostra que, mesmo sendo uma atividade essencial, “o agronegócio teve suas vulnerabilidades expostas pela interrupção ou limitações das vias de comercialização (até então, sem precedentes)”.


A pesquisa afirma que, no geral, parte do setor só não teve prejuízo mais intenso no primeiro semestre porque a oferta da maioria dos produtos foi controlada de março a maio.



No caso das hortaliças, a safra de verão teve a produtividade reduzida e o volume ofertado esteve menor, especialmente para produtos como batata, cebola, cenoura e tomate.


Quanto às frutas, o clima prejudicou a produção, ao passo que as exportações (incluindo de suco de laranja) registraram bom desempenho, limitando a disponibilidade doméstica e reduzindo a pressão sobre os preços.



A partir de junho, com a retomada gradual das atividades econômicas, o consumo de frutas e hortaliças reagiu.



“No entanto, é importante lembrar que a covid-19 segue ativa e que ainda não há medida eficaz no combate ao coronavírus”, diz o Cepea, em nota.
 


Futuro
 
Para os pesquisadores, os próximos meses devem ser marcados por desemprego, queda no poder de compra da população e por consequentes mudanças de hábito do consumidor.


“Se as perspectivas de muitas consultorias se concretizarem, o “novo normal”, em termos econômicos, deve ocorrer apenas em 2022. Ou seja, a realidade do hortifruticultor deve seguir alterada por um longo período.”



Por fim, os produtores ouvidos pelo Cepea dizem que o caminho para aliviar os prejuízos será pela eficiência e pelo aumento de produtividade. Cerca de 20% dos agricultores afirmam que não adotaram nenhum plano de ação para a pandemia.
 
 

FONTE: G1