Durante uma entrevista ao "Flow Podcast" na última quarta-feira (24/9), Claudia Leitte comentou sobre sua fé evangélica e a decisão de seguir se apresentando em festas de Carnaval, mesmo enfrentando questionamentos de algumas pessoas sobre essa escolha. A cantora explicou que, em algum momento, chegou a se sentir em conflito, mas percebeu que a contradição não está em sua mente, e sim na de quem observa.
O desabafo
O apresentador Igor perguntou: "Você está cantando no Carnaval, sendo uma pessoa evangélica. Há um tempão já, né? Existe algum tipo de contradição na tua cabeça?". Claudia respondeu:
"Já existiu. Mas é um questionamento massa, inclusive. Para si mesmo. Porque faz você ficar mais no lugar onde tem que ficar. Na sua fé. É um negócio muito doido, porque isso é desse tempo agora. E eu sou cristã há muito mais tempo. A gente trabalha. É o nosso trabalho. E a nossa cultura também. É a minha cultura".
Ao perceber que o apresentador compreendia seu ponto, ela continuou:
"É mais uma cobrança externa. É mais você aprender a administrar as vozes que não são da sua cabeça. Porque, quando elas passam a ser as vozes da sua cabeça, aí é que dá ruim. Eu já tive esse questionamento, mas não tenho mais há muito tempo, graças a Deus".
Relacionamento com a fé
Claudia também falou sobre sua relação pessoal com Jesus:
"Porque minha relação é com Jesus. Ele não é só o cara que morreu na cruz por mim. Ele é meu melhor amigo. Ele está comigo! Não sei o que ele está fazendo com isso. Mas assim, a doutrina, os dogmas, são das pessoas. Não são dele. E eu já tenho essa consciência em mim, sabe? Que não me faz ser melhor do que ninguém. Me faz mais necessitada ainda dele".
A cantora aproveitou para alfinetar os críticos que questionam suas escolhas:
"Porque eu não entendo. E, com todo o entendimento que eu tenho, eu uso para amar ele. E me esforço para amar, às vezes, o meu próximo, que nem sempre é alguém como você. Na minha frente".
Equilíbrio
A declaração evidencia que Claudia consegue conciliar sua carreira artística com sua fé, aprendendo a lidar com cobranças externas e críticas, mantendo a espiritualidade de forma pessoal e prática, sem que isso a impeça de continuar se apresentando e vivendo sua cultura musical. Para ela, o equilíbrio entre a profissão e a fé é fruto de autoconhecimento e de uma relação íntima com sua crença, distante de interpretações alheias.
