O câncer colorretal (CCR), que atinge o intestino grosso ou o reto, é o segundo tumor maligno mais frequente em homens e mulheres e o terceiro que mais mata em todo o mundo. Em 2020, o Instituto Nacional de Câncer (INCA), relatou que cerca de 40 mil casos foram diagnosticados, com 20 mil 576 mortes relatadas em 2019.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) e a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) a campanha Março Azul Marinho, foi criada para conscientizar a população, profissionais de saúde e gestores sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoces do câncer colorretal.
A médica coloproctologista Roberta Krause Romero, que opera no Hospital e Maternidade Dois Pinheiros, explicou que o tratamento depende da fase da doença. Ele pode ser endoscópico com remoção do tumor por meio de colonoscopia, ou nos casos mais avançados, pode ser necessário cirurgia, quimioterapia e radioterapia.
“Os pacientes precisam ficar atentos aos fatores de risco. Se você tem idade acima de 45 anos, uma dieta com alto teor de gordura e carnes, baixo teor de fibras, obesidade, sedentarismo, tabagismo, algum familiar com histórico de câncer colorretal, de ovário, endométrio ou mama, visite seu médico e realize o exame de Colonoscopia”, alertou.
A especialista explicou ainda, que algumas condições genéticas familiares (como a Polipose Adenomatosa Familiar), assim como Retocolite ulcerativa e a Doença de Crohn, aumentam muito as chances do paciente desenvolver um câncer colorretal.
“Os sintomas mais comuns são: sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal, dor abdominal e emagrecimento sem uma causa conhecida. Caso o paciente tenha algum desses sintomas, ele precisa procurar um especialista o mais rápido possível. Quanto antes for o diagnóstico maiores são as chances de cura”, explicou.
Para diminuir o risco de desenvolver o câncer colorretal, a médica recomenda um estilo de vida saudável com boas práticas, como: evitar o tabagismo e o uso de bebidas alcoólicas, fazer atividade física com regularidade, ter uma alimentação rica em fibras e livre de alimentos ultraprocessados, açúcares, ingestão reduzida de carnes vermelhas e estar em dia com consultas médicas.
“A prevenção é o melhor caminho, por isso o rastreamento, mesmo sem os sintomas, é indicado, pois facilita o diagnóstico de lesões que antecedem o câncer. O rastreamento é feito através do exame de Colonoscopia”, concluiu.