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2 meses atrás - 24/07/2021

Em Mato Grosso, 29% dos MEIs fecham nos primeiros 5 anos de atividade

FOTO: Luis Ferro
FOTO: Luis Ferro

Mato Grosso possui uma taxa de mortalidade entre as empresas de pequeno porte de 27%, ou seja, negócios que fecham em até 5 anos de atividade. No universo dos pequenos negócios, os Microempreendedores Individuais (ME) são os mais vulneráveis, com uma taxa de mortalidade (de 1 a 5 anos) de 29%; nas Micro Empresas (ME) a taxa é de 21,6%; e as Empresas de Pequeno Porte (EPP) apresentam o menor índice, 17%.


Os dados são da pesquisa Sobrevivência das Empresas, feita pelo Sebrae com coleta dos dados, por telefone, com um público de 3.047 empresas brasileiras, criadas em 2018 e 2019, sendo 142 de MT. O tempo de sobrevivência é calculado com a subtração da data de baixa do CNPJ pela data de criação do CNPJ na Receita Federal do Brasil.


Considerando as atividades econômicas, a maior taxa de mortalidade é verificada no comércio (30,2%) e a menor na indústria extrativa (14,3%).


Valéria Ribeiro Calisto, analista técnica do Sebrae  MT, destaca que entre os fatores que contribuem para o fechamento precoce de empresas estão pouco preparo pessoal, falta de plano de negócio, falta de gestão empresarial, insuficiências no planejamento; falta de adaptação/diferenciação produtos/serviços; dificuldade de acesso a crédito; sem falar nos problemas que vão além do negócio, como a pandemia da covid-19 e a crise econômica.


Os donos dos novos empreendimentos abrem a empresa com pouco preparo pessoal, 41% dos respondentes eram funcionários de empresa privada antes de abrir seu próprio negócio. Outros 37% eram autônomos sem empresa constituída. A proporção de quem “tinha experiência ou conhecimento no ramo” é maior nas empresas em atividade, 73% contra 67% das empresas fechadas.


Em média 42% fizeram alguma capacitação. A maioria dos que fechou as empresas não fez nenhuma qualificação.


O empreendedorismo por necessidade e não por oportunidade também é um ponto levantado. Grande parte dos ouvidos que fecharam suas empresas pouco tempo depois de abertas, estava desempregada e procurando trabalho até 3 meses antes de abrir o negócio. Nesse grupo 59% estavam com a empresa fechada.


Outro problema para o insucesso é a falta de planejamento. Quando questionados sobre quanto tempo foi dedicado a essa preparação e busca de informações antes de abrir a empresa, 59% dos entrevistados gastou no máximo 6 meses e 17% não fez nenhum planejamento.


Mesmo assim, dentre as empresas que fecharam 34% dos ouvidos citou que acesso mais facilitado ao crédito seria uma solução para evitar o fechamento e 25% indicaram que se tivessem mais clientes ainda estariam operando.


 

FONTE: Assessoria